terça-feira, 16 de outubro de 2012

Amor aos pedaços




O grande desafio que enfrentamos na correria do dia-a-dia diz respeito à capacidade de administrar os estados de espírito com que atravessamos nossas rotinas diárias e desfrutamos as experiências simples que compõem a teia do que chamamos vida.

Aprendi que a vida não consiste em poucos grandes momentos, mas sim em milhares de pequenos momentos aos quais emprestamos significado. Casamos algumas vez, e devemos viver casados. Nos graduamos academicamente algumas vezes, mas devemos exercer trabalho. Olhamos o vidro do berçário umas poucas vezes em busca dos nossos recém-nascidos, mas devemos contemplar suas faces cheias de expectativas todas as manhãs e jamais deixar que se deitem sem o nosso afago (e quando eles saem do ninho, que falta sentimos).

Enfim, é mesmo verdade que a felicidade não depende tanto, por exemplo, dos dias como do romance que se aprofunda, do trabalho que se realiza e da vida em família num ambiente de afeto e possibilidades.


É justamente nesta teia de atividades rotineiras que somos desafiados a experimentar a felicidade. No contexto destes milhares de pequenos momentos é que somos desafiados a cultivar um estado de espírito satisfatório, próprio de quem aprende a saborear o amor aos pedaços.
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