quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Envelheço


Envelheço quando me fecho para novas ideias...
Envelheço quando o novo me assusta e minha mente insiste no comodismo...
envelheço quando meu pensamento abandona a casa e retorna sem nada...
Envelheço quando me torno impaciente, intransigente e não consigo dialogar...
Envelheço quando penso muito em mim mesmo e me esqueço dos outros...
Envelheço quando penso em ousar mas temo o preço da ousadia...
Envelheço quando permito que o cansaço e o desalento tomem conta da minha alma...
Envelheço quando tenho  chance de amar mas vence o medo de arriscar...
Envelheço quando paro de lutar...

(otimismoemrede.com)

Felicidade



A felicidade eterna aparece quando a mente e os sentidos se tornam quietos e pacíficos. Nesse estado há poder espiritual; ou seja, nós agimos, mas livres de desejos e do apego ao que estamos fazendo. Se alguém estiver triste, conseguimos mudar a situação e criar uma atmosfera de paz. É claro que isso leva tempo, mas como a felicidade é um poder contagiante, tudo acontecerá, definitivamente.

Afinidade



Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois.
A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.
É o mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades; quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo para o objetivo.
Do permanente para o passageiro.
Do básico para o superficial.
Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.

O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras.

É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.

Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber.
É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por.

Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.

E para que cada pessoa pudesse e possa ser cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual 

O medo de errar



A gente é a soma das nossas decisões.

É uma frase da qual sempre gostei, mas lembrei dela outro dia num local inusitado: dentro do súper. Comprar maionese, band-aid e iogurte, por exemplo, hoje requer expertise. Tem maionese tradicional, light, premium, com leite, com ômega 3, com limão, com ovos “free range”. Band-aid, há de todos os formatos e tamanhos, nas versões transparente, extratransparente, colorido, temático, flexível. Absorvente com aba e sem aba, com perfume e sem perfume, cobertura seca ou suave. Creme dental contra o amarelamento, contra o tártaro, contra o mau hálito, contra a cárie, contra as bactérias. É o melhor dos mundos: aumentou a diversificação. E com ela, o medo de errar.

Assim como antes era mais fácil fazer compras, também era mais fácil viver. Para ser feliz, bastava estudar (magistério para as moças), fazer uma faculdade (Medicina, Engenharia ou Direito para os rapazes), casar (com o sexo oposto), ter filhos (no mínimo dois) e manter a família estruturada até o fim do dias. Era a maionese tradicional.

Hoje, existem várias “marcas” de felicidade. Casar, não casar, juntar, ficar, separar. Homem com mulher, homem com homem, mulher com mulher. Ter filhos biológicos, adotar, inseminação artificial, barriga de aluguel – ou simplesmente não tê-los. Fazer intercâmbio, abrir o próprio negócio, tentar um concurso público, entrar para a faculdade. Mas estudar o quê? Só de cursos técnicos, profissionalizantes e universitários, há centenas. Computação Gráfica ou Informática Biomédica? Editoração ou Ciências Moleculares? Moda, Geofísica ou Engenharia de Petróleo?

A vida padronizada podia ser menos estimulante, mas oferecia mais segurança, era fácil “acertar” e se sentir um adulto. Já a expansão de ofertas tornou tudo mais empolgante, só que incentivou a infantilização: sem saber ao certo o que é melhor para si, surgiu o medo de crescer.

Todos parecem ter 10 anos menos. Quem tem 17, age como se tivesse 7. Quem tem 28, parece ter 18. Quem tem 39, vive como se fossem 29. Quem tem 40, 50, 60, mesma coisa. Por um lado, é ótimo ter um espírito jovial e a aparência idem, mas até quando se pode adiar a maturidade?

Só nos tornamos verdadeiramente adultos quando perdemos o medo de errar. Não somos apenas a soma das nossas escolhas, mas também das nossas renúncias. Crescer é tomar decisões e, depois, conviver pacificamente com a dúvida. Adolescentes prorrogam suas escolhas porque querem ter certeza absoluta – errar lhes parece a morte. Adultos sabem que nunca terão certeza absoluta de nada, e sabem também que só a morte física é definitiva. Já “morreram” diante de fracassos e frustrações, e voltaram pra vida. Ao entender que é normal morrer várias vezes numa única existência, perdemos o medo – e finalmente crescemos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Olhar


Ver não é apenas um fenômeno físico, mas um ato que pode afetar o mundo positiva ou negativamente. É isso o que você faz com a sua visão espiritual. Os olhos não são simplesmente janelas abertas; quando olhamos uns aos outros, carregamos esse ato com intenções – positivas ou negativas. Então, imagine como seria o seu mundo se, a partir de agora, você resolvesse colocar em prática o seu olhar amoroso e passasse a ver positivamente as pessoas que vivem a sua volta – pais, filhos, amigos, clientes, chefes -, e todas as outras com quem você se encontra e fala. Tente e veja o que acontece.

Realizadores de sonhos



Obstinação, tenacidade, perseverança, decisão, persistência, garra ou apenas teimosia? Não importa, todas essas palavras fazem parte da biografia de um realizador de sonhos. Positivo, ele persegue seus objetivos sem desistir diante das dificuldades. Mas perseverar não significa insistir no erro caso tenha uma estratégia equivocada para o seu sonho. Ao contrário, em alguns momentos é melhor passar a borracha na estratégia para salvar o sonho. Nesse caso, persevere no sonho e mude de estratégia...
Os realizadores de sonhos também são capazes de inventar novas soluções para velhos problemas em vez de ficar repetindo as saídas que deram certo no passado. Eles não se acomodam diante dos obstáculos nem derrotas passageiras. São capazes de transformar a queda em um passo de dança. São criativos na hora de sonhar e na gestão da travessia. Acreditam que uma idéia requer um contexto que fomente a originalidade...
São, também, eternos insatisfeitos e estão sempre buscando mais, como se fosse um vício. Vibram com as conquistas, mas não se acomodam. Têm um apetite insaciável por informações novas e por diferentes perspectivas. Olham para as pessoas e situações procurando aperfeiçoas seus conhecimentos. Tiram lições dos erros e acertos. E, principalmente, os tombos não os intimidam.
(por César Souza – Você é do tamanho de seus sonhos – Ed. Gente)

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Adquirindo o hábito



Hábitos são coisas que fazemos repetidamente. Contudo, na maior parte do tempo, não estamos cientes de que os temos. Eles funcionam no piloto automático.
Alguns hábitos são bons, como: fazer exercício regularmente; planejar com antecedência; mostrar respeito pelos outros. Há alguns que não fazem diferença, tipo: tomar banho de noite, tomar iogurte com garfo, ler revista de trás para a frente.

Mas há os hábitos ruins, por exemplo: pensar negativamente, sentir-se inferior e culpar os outros. Dependendo de quais forem, os hábitos podem tanto nos moldar quanto nos arruinar. Nós nos tornamos o que fazemos repetidamente.
Mas, por sorte, você é mais forte do que seus hábitos. Assim sendo, é possível mudá-los. Experimente, por exemplo, cruzar os braços sobre o peito. Agora cruze-os ao contrário. O que lhe parece? Bem esquisito, não? Mas se você cruzá-los sempre ao contrário durante 30 dias seguidos, não irá mais estranhar. Na verdade, nem terá de pensar a respeito disso. Terá adquirido o hábito. Isso vale para tudo.
A qualquer momento é possível se olhar no espelho e dizer: "ei, não gosto disso em mim", essa é a deixa para trocar um velho hábito ruim por um novo melhor. Nem sempre é fácil, mas sempre é possível...

Criar novos hábitos pode ajudá-lo a: assumir o controle de sua vida, melhorar o relacionamento com amigos, tomar decisões sábias, superar vícios, definir valores e o que é mais importante, fazer mais em menos tempo, aumentar sua autoconfiança, e ser feliz!

(Texto de Sean Covey no livro "os 7 hábitos dos adolescentes altamente eficazes")

TOQUES



Geralmente me arrependo do que disse e não do eu deixei de dizer.” (Pubilius Syrus)

“É pelo fruto que se conhece a árvore.”
(Mateus 12,33)

"
O universo é a mudança; a vida é o que o pensamento faz dessa mudança.”(Marco Aurélio)
(John Wooden)

FRASE MUSICAL



"No dia em que fui mais feliz, eu vi um avião se espelhar no seu olhar até sumir..."
(Adriana Calcanhoto / Antônio Cícero)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

As crenças



Ao alegar suas limitações, as pessoas dizem: “eu não posso fazer tal coisa porque...” E, a desculpa comum é do tipo – "é assim que eu sou". Mas, a verdade mais provável é: "é assim que eu penso que sou". Nós podemos aprender sobre nossas crenças estudando os peixes... Compre um aquário e divida-o pela metade com uma parede de vidro transparente. Depois arranje uma tainha e uma barracuda – peixe que come tainha. Ponha cada um de um lado e, no mesmo instante a barracuda vai avançar para pegar a tainha só que... bumba!... entra de cara na parede de vidro. Ela vai recuar e atacar outra vez e... bumba!... Em uma semana a barracuda vai estar com o nariz bem inchado e, percebendo que caçar tainha é sinônimo de dor, acaba desistindo. Aí, removendo a parede de vidro sabe o que acontece? Ela passará o resto da vida no seu lado do aquário; será até capaz de morrer de fome, mesmo tendo uma bela tainha nadando a poucos centímetros dela. Mas como conhece seus limites não vai ultrapassá-los. A história da barracuda é triste? Pois essa é também a história de todo ser humano.

Nós não colidimos com paredes de vidro, mas colidimos com professores, pais, amigos que nos dizem o que nos convém e o que podemos fazer. Pior ainda, colidimos com nossas próprias crenças – são elas que delimitam nosso território, é isso que alegamos para não ultrapassar os limites... Ou seja, criamos nossas gaiolas de vidro e pensamos que é realidade. Na verdade é apenas aquilo em que nós acreditamos... Quase todos nós temos uma história, e nos rotulamos... “eu sou professor”, “eu sou avó”, “eu sou... Essa nossa história é como um programa de computador instalado entre nossas orelhas, que nos controla a vida... Nós o levamos ao trabalho, nas viagens de férias, nas festas... enfim passamos a vida tentando nos adaptar à história... Tentar ajustar-se a uma história torna qualquer um infeliz... Eis então a dica: você não é a sua história e ninguém dá a mínima para isso. Você não pertence a uma categoria, a um compartimento. Você é um ser humano justamente porque tem uma série de experiências. E, quando você parar de arrastar uma história por aí, você vai ser muito mais feliz”...

(texto de Andrew Matthews, do livro “Siga seu coração”)

Amor


O amor é uma pincelada de cor, o pano de fundo de tudo o que você faz. Amor não é alarde, obsessão, nem mania de caridade. Ele reside no espaço entre você e o que você faz; naquele lugarzinho onde é possível respirar e onde outros também podem descansar e obter refúgio. Se o silêncio está além do pensamento e das situações, o amor se encontra na companhia de pensamentos que o encorajam. E, o pensamento que encoraja é consciente e curativo – como um quadro cuidadosamente pendurado no lugar certo.

domingo, 30 de setembro de 2012

Pessoas interessantes têm falhas



Uma das coisas que fascina em San Francisco é ela estar localizada sobre a falha de San Andreas, que é um desnível no terreno da região que provoca pequenos abalos sísmicos de vez em quando e grandes terremotos de tempos em tempos.

Você está mui faceiro caminhando pela cidade, apreciando a arquitetura vitoriana, a baía, a Golden Gate, e de uma hora para outra pode perder o chão, ver tudo sair do lugar, ficar tontinho, tontinho.
É pouco provável que vá acontecer justo quando você estiver lá, mas existe a possibilidade, e isso amedronta mas ao mesmo tempo excita, vai dizer que não?

Assim são também as pessoas interessantes: têm falhas.

Pessoas perfeitas são como Viena, uma cidade linda, limpa, sem fraturas geológicas, onde tudo funciona e você quase morre de tédio. Pessoas, como cidades, não precisam ser excessivamente bonitas.
É fundamental que tenham sinais de expressão no rosto, um nariz com personalidade, um vinco na testa que as caracterize.

Pessoas, como cidades, precisam ser limpas mas não a ponto de não possuírem máculas.

É preciso suar na hora do cansaço, é preciso ter um cheiro próprio, uma camiseta velha pra dormir, um jeans quase transparente de tanto que foi usado, um batom que escapou dos lábios depois de um beijo, um rímel que borrou um pouquinho quando você chorou.

Pessoas, como cidades, têm que funcionar, mas não podem ser previsíveis. De vez em quando, sem abusar muito da licença, devem ser insensatas, ligeiramente passionais, demonstrarem um certo desatino, ir contra alguns prognósticos, cometer erros de julgamento e pedir desculpas depois, pedir desculpas sempre, pra poder ter crédito e errar outra vez.

Pessoas, como cidades, devem dar vontade de visitar, devem satisfazer nossa necessidade de viver momentos sublimes, devem ser calorosas, ser generosas e abrir suas portas, devem nos fazer querer voltar, porém não devem nos deixar 100% seguros... Nunca!! Uma pequena dose de apreensão e cuidado devem provocar.

Nunca se deve deixar os outros esquecerem que pessoas, assim como cidades, têm rachaduras internas e podem surpreender.
Falhas. Agradeça as suas, que é o que humaniza você, e nos fascina.

TOQUES



“Afinal de contas, o trabalho ainda é a melhor maneira de escamotear a vida.” 
(Gustave Flaubert)

“Se você só tem um limão, faça uma limonada!” 
(Julio Rosewald)

“Seja justo no momento preciso. Toda justiça que tarda é injustiça.” 
(Marcel Schwob)
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